As pessoas não querem encarar de frente seus problemas, não querem se conhecer, enfrentar seus medos e se dedicam a pensar no trabalho, na vida dos outros, na novela e em muitas outras coisas que não acrescentam nada nelas enquanto pessoa, enquanto seres humanos. Perdem tempo enquanto poderiam evoluir enquanto pessoa terrena, evoluir para viver melhor o agora.
As pessoas não sabem o que sentem, porque não procuram perceber o que sentem, vivem uma vida pronta, sentem sentimentos prontos. O nosso corpo é um instrumento cheio de possibilidades de desenvolvimento, ao negar o que se sente, não estamos aproveitando estas possibilidades.
Existem padrões de como devemos nos sentir e agir em diversas circunstâncias, de objetos e coisas que devemos consumir, e isso se propaga através das religiões, da televisão, das propagandas, etc. Assim nos afastamos cada vez mais de conhecer a nós mesmos e vamos nos aproximando do que não somos.
O que eu penso, o que eu sinto, pode parecer ruim pras outras pessoas, mas se é o que eu sinto, mesmo que seja contra as visões prontas de virtudes e do que é bom, deve ser considerado imensamente válido pelo menos para mim e tratado ao menos com respeito por parte dos outros.
Quando reflito, confio no que penso, e sou coerente com o que acredito, as coisas de fora já não me movem, quem me move sou eu. Assim só considero que algo está “mal” quando meus próprios pensamentos se conflituam, tentando estabelecer coerência com o que vou sentindo dependendo do que me ocorre e trabalho para organizar e entender o que eu penso e o que eu sinto.
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